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Tonteira

A queixa de tonteira é muito comum entre os idosos. Ela está relacionada à perda de equilíbrio e, além do mal-estar que proporciona, frequentemente leva a quedas, com consequências potencialmente devastadoras.
Existem vários tipos de sensações que o paciente refere como tonteira: pode haver sensação de quase desmaio, de que tudo roda, instabilidade postural ou “cabeça cheia”. As causas também são diversas e frequentemente estão associadas num mesmo indivíduo.
A sensação de quase desmaio, chamada de lipotimia, ocorre quando a pressão arterial cai mais que o normal, geralmente quando o indivíduo está de pé e, principalmente, quando acabou de se levantar. Essa tonteira se caracteriza por escurecimento da visão, pernas bambas, sudorese fria, náuseas e pode ser sucedida por desmaio. Portanto, o indivíduo deve se sentar tão logo se sinta tonto e, se possível, deitar com as pernas elevadas acima do tronco.
Já a tonteira rotatória, ou vertigem, está normalmente relacionada a alterações no labirinto, que é um pequeno órgão localizado dentro do ouvido e que tem a função de orientação espacial e manutenção do equilíbrio. A vertigem pode ter diferentes intensidades, mas em geral piora quando ocorre mudança brusca da posição da cabeça, mesmo deitado. Às vezes melhora com medicação, mas essa medicação não deve ser iniciada por contra própria nem mantida por mais tempo que orientado pelo médico. O paciente que tem vertigem persistente ou prolongada se beneficia mais de exercícios de treinamento vestibular prescritos e orientados por fisioterapeutas capacitados. Mas a vertigem de início súbito, acompanhada de dificuldade de deambular, pode significar lesão no sistema nervoso central e, neste caso, o paciente deve buscar atendimento médico de urgência.
Existe ainda a tonteira referida por instabilidade postural e desequilíbrio, apenas quando o paciente está de pé ou deambulando, e ocorre por artrose, dor crônica, fraqueza muscular, redução da sensibilidade dos pés ou articulações. Esta pode melhorar com uma dieta adequada e exercícios físicos específicos.
E, por fim, a tonteira que representa a sensação de “cabeça cheia”, normalmente acompanhada de outros sintomas depressivos e/ou ansiosos, que melhora durante o sono e/ou com técnicas de relaxamento.
Independentemente do tipo de tonteira, é importante saber que existe tratamento, e que para isso é necessário investigar as causas subjacentes. Estando diante de qualquer um desses quadros descritos acima, evite a automedicação e não menospreze o sintoma; procure seu médico.
Dra Fernanda Siqueira
Geriatra do Cigga

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