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Envelhecimento e os cuidados com a pele

cigga dezembro laranja
cigga dezembro laranja

A nossa pele muda com a idade. Com o tempo ela se torna mais fina, perde gordura e deixa de ter a aparência macia que já teve um dia. As veias e os ossos se tornam mais visíveis e proeminentes. Cicatrizes, cortes e pancadas demoram mais a cicatrizar. Anos de exposição solar causam rugas, ressecamento, manchas e até o câncer de pele. Mas existem estratégias para proteger a pele e melhorar sua aparência.

Pele seca e coceira:

Muitos idosos sofrem com áreas ressecamento cutâneo, normalmente nas pernas, cotovelos e antebraços, podendo apresentar um toque mais áspero, e existem muitas causas potencialmente relacionadas: baixa ingestão de líquidos, excesso de exposição solar, ambientes com ar mais ressecado, fumo, estresse emocional, perda de glândulas de suor e gordura que ocorre naturalmente com o envelhecimento. Além disso, podem estar envolvidos no desenvolvimento do ressecamento cutâneo: alguns problemas de saúde, com o diabetes e a doença renal crônica, e alguns hábitos do dia-a-dia (uso excessivo de sabonete, antitranspirante, perfumes, banho quente). O próprio ressecamento pode causar coceira, alguns medicamentos podem piorar essa sensação, e o ato de coçar pode levar a sangramentos e até infecção secundária. Algumas medidas indicadas para prevenir e tratar a pele seca, com ou sem coceira associada, são: usar creme hidratante diariamente; reduzir o número de banhos ou ao menos o uso de sabonetes; evitar o banho muito quente; usar humidificadores ambientes.

Hematomas:

Idosos apresentam hematomas (manchas roxas) mais facilmente que os jovens, e essas manchas demoram mais a cicatrizar e desaparecer. Isso ocorre naturalmente com o envelhecimento, mas o uso de algumas medicações e a presença de determinadas doenças aumentam ainda mais o risco. As áreas mais afetadas são os membros, que estão sujeitos a traumas e esbarrões. A ocorrência de hematomas em áreas protegidas do corpo não é tão comum e deve ser avaliada pelo médico.

Rugas:

Ao longo do tempo, a pele começa a enrugar. A luz solar ultravioleta torna a pele menos elástica, e a gravidade faz a pele ceder, enrugando. Alguns hábitos, como o fumo, aceleram e intensificam esse processo. Se livrar das rugas é um desejo muito comum, mas a maioria dos métodos que prometem fazê-las desaparecer não funcionam, ou podem ser dolorosos e perigosos, devendo sempre ser prescritos e realizados por um médico. Se você está preocupado e/ou muito incomodado com suas rugas, procure um dermatologista.

Manchas de sol e “verrugas”:

As manchas de sol são acastanhadas e surgem após anos de exposição solar. Elas são maiores do que as sardas e normalmente aparecem nas áreas mais expostas ao sol: rosto, braços, mãos, costas e pés. O uso de protetor solar ajuda a prevenir o aparecimento de novas manchas. As “verruguinhas” relacionadas à idade na verdade não são “verruguinhas”; são um crescimento exacerbado da pele, chamado pólipo fibroepitelial, comum na linha dos olhos, axilas, peito e virilha. Esses dois tipos de lesão são benignas, mas, em caso de incômodo, podem ser avaliadas para extração pelo médico.

Câncer de pele:

O câncer de pele é um tipo de câncer muito comum, e o principal fator de risco é o sol, embora o bronzeamento artificial também esteja envolvido. Pode acometer indivíduos de qualquer cor de pele, mas a pele mais clara tem maior risco. Se diagnosticado precocemente, antes de se espalhar para outras partes do corpo, pode ser curado. Os dois tipos de câncer de pele mais comuns (carcinoma basocelular e carcinoma espinocelular ou escamoso) apresentam crescimento lento e normalmente não se disseminam para outros órgãos. Já o melanoma, menos frequente que os primeiros, é um tipo mais perigoso, que pode se espalhar para outros órgãos e levar à morte. O câncer de pele normalmente não dói. Recomenda-se que estejamos atentos às manchas do nosso corpo regularmente: leões que começam a aumentar, machucados que não cicatrizam ou sangram facilmente, lesões assimétricas, de bordos irregulares, com mais de uma cor, maiores que o diâmetro de um lápis; todas devem ser consideradas suspeitas e encaminhadas para avaliação do dermatologista.

A nossa pele inevitavelmente muda com o envelhecimento, mas existem medidas que podem ajudar  e dependem de nós. Proteja a sua pele e, em caso de dúvidas sobre a natureza de lesões novas ou antigas, consulte seu médico.

Texto original: National Institute on Aging; tradução e adaptação: Dra. Fernanda Viana, geriatra do CIGGA.

 

 

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