Diante dos primeiros casos de febre amarela confirmados no Estado do Rio de Janeiro e a proposta de vacinar a população do estado, surgiu uma grande dúvida sobre a vacinação nos maiores de 60 anos. Vacinar ou não?
A vacina de febre amarela é feita por vírus vivo atenuado, isso significa que ela é composta pelo próprio vírus da febre amarela, no entanto, ele se encontra fragilizado e incapaz de provocar a doença, mas hábil o suficiente para estimular a produção de anticorpos. Essas vacinas dependem, portanto, da capacidade do sistema imunológico do receptor em agir e produzir defesas contra o invasor, já que o vírus vivo atenuado ainda é capaz de se replicar no organismo, ao contrário das vacinas feitas por vírus inativado, quando essa replicação não é possível.
Em virtude dessa característica da vacina da febre amarela, ela é contra-indicada em pacientes com situação de imunossupressão, ou seja, naqueles cujo sistema imunológico está comprometido. Isso incluiu os portadores de HIV, grávidas, recém-nascidos e idosos. Nesses pacientes, existe um maior risco da vacina acarretar formas graves da febre amarela, a doença viscerotrópica e neurológica associada à vacina. O risco aumenta quando além da idade avançada, o paciente possuiu outras doenças como diabetes, insuficiência renal ou câncer, todas causadoras de imunossupressão.
Nos idosos saudáveis o risco de doença com a vacina diminuiu.
A decisão em vacinar ou não um paciente idoso, vai depender da análise de cada caso específico, pesando quais são os riscos e benefícios da vacina de forma individualizada, contextualizando cada paciente. Como a doença ainda não chegou nas áreas urbanas, usar repelente e evitar viajar para regiões rurais são ótimas alternativas!
Na dúvida, consulte seu geriatra.
Dra Alice Jerusalmi
Geriatria
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