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Alzheimer: sintomas e tratamentos

Alzheimer: sintomas e tratamentos

Saiba como identificar um mal silencioso.

 

Descrita pela primeira vez em 1906 pelo psiquiatra alemão Alois Alzheimer, de quem herdou o nome, a doença de Alzheimer é uma desordem neurodegenerativa que leva a défices cognitivos e funcionais progressivos, assim como mudança de comportamento. É a desordem mais comum e considerada a sexta causa de morte nos Estados Unidos.

A DA (Doença de Alzheimer) se desenvolve, geralmente, após os 65 anos. Como estamos vivendo o aumento progressivo da população nessa faixa etária, a doença vem se tornando mais prevalente.

A perda de memória ou confusão mental pode parecer algo natural e equivocadamente considerado como “processo normal do envelhecimento” . Esta avaliação, porém, está errada e pode retardar a identificação e o tratamento de um mal que afeta cada vez mais pessoas no mundo todo.

Défice de memória é o achado mais comum e perceptível na DA, mas não é o único. Apatia e mudança de personalidade são outros sintomas recorrentes. A memória para eventos recentes costuma estar mais comprometida inicialmente. Distúrbios de linguagem, como dificuldade de encontrar palavras, também são muito comuns.

As alterações de comportamento são motivos de grande angústia para familiares e cuidadores, sendo, na maioria das vezes, de caráter flutuante. Ansiedade e irritabilidade também podem estar presentes, assim como sintomas depressivos.

A DA tende a evoluir de forma progressiva e irreversível, levando a dificuldades funcionais cada vez maiores e tornando o indivíduo cada vez mais dependente da ajuda de terceiros. Em fases mais avançadas, o paciente pode apresentar dificuldades de locomoção, alimentação e fala.

O diagnóstico requer a avaliação objetiva de um declínio cognitivo que interfira na vida cotidiana do paciente. O médico precisa fazer uma avaliação detalhada do caso, assim como testes, exames laboratoriais e de imagem, visando a exclusão de outras causas para os sintomas.

O tratamento da DA requer o uso de medicamentos que visam retardar a evolução da doença, além da avaliação, caso a caso, em busca do melhor conjunto de terapias (medicamentos para sintomas específicos, fonoaudiologia, fisioterapia, psicologia, entre outros) direcionados para as necessidades de cada paciente e sua família.

Existem vários pesquisadores hoje em dia se dedicando a descoberta de uma cura definitiva. Ainda não há nenhuma terapia disponível capaz de interromper a evolução da doença, mas ela pode e deve ser tratada .

Os familiares têm um papel fundamental no diagnóstico correto da doença ao perceber as mudanças de comportamento e encaminhar o paciente a um geriatra, psiquiatra ou neurologista. Com a terapia adequada e o apoio da família, é possível controlar os sintomas e proporcionar melhor qualidade de vida a todos.

Por Michele Dias